“but i have my life, i’m living it. it’s twisted, exhausting, uncertain, and full of guilt, but nonetheless, there’s something there.”
(banana yoshimoto, the lake)
sei que já estamos quase na metade do ano, mas as minhas grandes resoluções de ano novo foram tomar coragem, comprar um apartamento e sair da casa dos meus pais.
ainda estou na etapa de tomar coragem, até por que é muito cômodo para mim continuar na inércia. é como um amigo meu sempre diz: na casa dos pais tudo acontece num passe de mágica... as roupas se lavam, a comida se faz e o quarto se arruma. :P
mas, deixando as brincadeiras de lado, acho que, em parte, posterguei a minha saída de casa por que sempre achei que iria passar em um concurso melhor, tipo para juíza ou procuradora, e achava que me mudar iria atrapalhar meus estudos. mas a verdade é que, os anos passam, e menos vontade eu tenho de estudar para essas provas. demorei muito para perceber que a minha vontade de ter um cargo desses tinha muito mais a ver com vaidade do que com vocação, então resolvi deixar de lado. e abandonar essa ideia fixa me fez um bem danado, pois me senti livre para dedicar meu tempo a coisas que me faziam mais feliz, como passar as manhãs estudando uma língua nova ou lendo os trocentos livros que eu sempre quis ler.
outro motivo que me fez correr da obrigação de pagar uma parcela de um apartamento, foram as minhas viagens. desde que comecei a ter meu próprio salário, comecei a viajar feito louca. mas se tem uma coisa que sempre foi uma constante na minha vida foi o meu sonho de conhecer o mundo. começou quando eu tinha oito anos e meu pai perguntou se eu queria passar quinze dias em brasília na casa de uma tia que eu mal conhecia e lá fui eu viajar de avião pela primeira vez... sozinha.
porém, achei meio sintomático o fato de ter feito quatro viagens internacionais no ano passado. e, apesar de as viagens todas terem sido incríveis e de eu não me arrepender de nenhuma, confesso que me senti meio cansada. comecei a pensar se não estou precisando viajar menos para valorizar mais. por isso, minha intenção é fazer apenas fazer uma viagem internacional este ano. (vamos ver se consigo :P)
a viagem está se aproximando e, enquanto isso, eu passo horas nos sites com anúncios de imóveis, olhando os preços e sonhando. tenho vontade de visitar alguns apartamentos, mas fico meio em dúvida, por que só poderei fazer algo mais concreto quando voltar.
também sei que eu tenho um medo enorme a superar, que é um medo de crescer. e, enquanto eu morar na casa dos meus pais, apesar de ser servidora pública e ter mil responsabilidades, não parece que eu cresci de verdade. mas sei que estou precisando urgentemente superar esse medo, até por que, sendo a dona da minha própria casa, tenho a sensação que será um pouco mais fácil viver a minha vida do jeito que eu entendo que é certo: como se estivesse casando comigo mesma. além disso, morar com os pais pode ser bom, muito bom, ótimo... até que fica muito ruim.
ainda estou na etapa de tomar coragem, até por que é muito cômodo para mim continuar na inércia. é como um amigo meu sempre diz: na casa dos pais tudo acontece num passe de mágica... as roupas se lavam, a comida se faz e o quarto se arruma. :P
mas, deixando as brincadeiras de lado, acho que, em parte, posterguei a minha saída de casa por que sempre achei que iria passar em um concurso melhor, tipo para juíza ou procuradora, e achava que me mudar iria atrapalhar meus estudos. mas a verdade é que, os anos passam, e menos vontade eu tenho de estudar para essas provas. demorei muito para perceber que a minha vontade de ter um cargo desses tinha muito mais a ver com vaidade do que com vocação, então resolvi deixar de lado. e abandonar essa ideia fixa me fez um bem danado, pois me senti livre para dedicar meu tempo a coisas que me faziam mais feliz, como passar as manhãs estudando uma língua nova ou lendo os trocentos livros que eu sempre quis ler.
outro motivo que me fez correr da obrigação de pagar uma parcela de um apartamento, foram as minhas viagens. desde que comecei a ter meu próprio salário, comecei a viajar feito louca. mas se tem uma coisa que sempre foi uma constante na minha vida foi o meu sonho de conhecer o mundo. começou quando eu tinha oito anos e meu pai perguntou se eu queria passar quinze dias em brasília na casa de uma tia que eu mal conhecia e lá fui eu viajar de avião pela primeira vez... sozinha.
porém, achei meio sintomático o fato de ter feito quatro viagens internacionais no ano passado. e, apesar de as viagens todas terem sido incríveis e de eu não me arrepender de nenhuma, confesso que me senti meio cansada. comecei a pensar se não estou precisando viajar menos para valorizar mais. por isso, minha intenção é fazer apenas fazer uma viagem internacional este ano. (vamos ver se consigo :P)
a viagem está se aproximando e, enquanto isso, eu passo horas nos sites com anúncios de imóveis, olhando os preços e sonhando. tenho vontade de visitar alguns apartamentos, mas fico meio em dúvida, por que só poderei fazer algo mais concreto quando voltar.
também sei que eu tenho um medo enorme a superar, que é um medo de crescer. e, enquanto eu morar na casa dos meus pais, apesar de ser servidora pública e ter mil responsabilidades, não parece que eu cresci de verdade. mas sei que estou precisando urgentemente superar esse medo, até por que, sendo a dona da minha própria casa, tenho a sensação que será um pouco mais fácil viver a minha vida do jeito que eu entendo que é certo: como se estivesse casando comigo mesma. além disso, morar com os pais pode ser bom, muito bom, ótimo... até que fica muito ruim.