eu sempre digo que quem decide o destino da minha próxima viagem é a promoção... e isso é verdade na maioria das vezes.
ano passado foram duas passagens que surgiram por preços quase irrisórios: 300 reais para brasília - amsterdã (ida e volta) e 100 doláres para porto alegre - genebra (também ida e volta). sorte minha que tenho minha companheira de aventuras, pois é só ligar para ela e 10 minutos depois já estamos com as passagens compradas. também tenho sorte de ter uma chefe ótima que sempre arruma um jeito para que eu possa marcar minhas férias de acordo com as promoções que eu acho.
antes que alguém pergunte (se é que alguém lê este blog), eu descubro a maioria dessas promoções acompanhando o site e o aplicativo do melhores destinos e, segundo meu tio, até desenvolvi uma nova patologia que é ficar o tempo todo falando das promoções de viagem que aparecem nas notificações do meu celular. :P
foi numa dessas minhas buscas por passagens aéreas baratas que acabei indo parar nos estados unidos de novo. sabia que iria para o canadá, por que já havia prometido a minha amiga, mas, para decidir de onde iria voltar, peguei a programação de viagem dos meus outros amigos e fiquei olhando qual combinação daria o menor preço. foi assim que comprei passagem de ida para toronto e volta de nova york. e, depois de cascavilhar ainda mais preços e destinos, resolvemos fechar a saga passando por washington d.c., philadelphia e nova york.
(ah... muitos poderão dizer que acabei gastando mais no final por que fiquei mais dias fora de casa e blablablá. mas para mim, o importante mesmo é viajar... e, se tiver na companhia de amigos, melhor ainda).
são três anos seguidos que eu vou para os estados unidos todos os anos. não por que eu seja maluca pelo país, porém as coincidências da vida e das passagens baratas me levaram a isso. eu adoro nova york, é verdade... acho que posso ir milhões de vezes para aquela cidade que nunca vou enjoar, mas, por favor, se alguém me ouvir dizer que quero voltar para a flórida tão cedo, pode me amarrar no pé da cama até que eu mude de ideia, ok? (ainda bem que desta vez eu saí desse ciclo vicioso).
e o que eu posso dizer sobre essa parte americana da viagem? bem... adorei washington, principalmente por, apesar de ser a capital de uma das maiores potências do mundo, ter vários bairros arborizados com casinhas bonitinhas e coloridas em vez de trocentos arranhas-céus que mais parecem banheiros gigantes como aqui no recife. também adorei a philadelphia, ainda mais por ter ficado na casa de um amigo que nos levou para bater perna pela cidade inteira (foram mais de 20 km percorridos a pé em cada dia), que me fez ver um lado menos turístico da cidade... e se tem uma coisa que eu adoro fazer em viagem é andar sem destino para ver se consigo sentir um pouquinho da essência da cidade que eu estou visitando.
mas aprendi uma coisa muitíssimo importante: nunca mais viajar no verão (a não ser que seja para ficar num resort na beira da praia, tomando bons drinks). torrei demais em washington e isso acabou sendo desgastante demais. por sorte, peguei um tempo melhorzinho em philly e nyc, mas ainda assim estava quente. melhor mesmo é viajar num clima de 15 graus, com casaquinho leve e sem maquiagem derretendo.
também lembrei que, por mais que seja bom viajar, passar mais de 20 dias longe de casa acaba se tornando cansativo... até por que eu gosto de andar muito. eu acabo exagerando por que tenho essa loucura por viajar, mas preciso lembrar que viagens mais curtas e com menos escalas acabam sendo mais proveitosas. sem contar que, voltei tão cansada dessas últimas férias que o que eu mais preciso agora são férias das férias. :P
quarta-feira, julho 27, 2016
terça-feira, julho 05, 2016
blame canada
quando uma das minhas amigas de adolescência (e uma das maiores companheiras de farra) disse que iria fazer pós-doutorado no canadá, eu - imediatamente - garanti que iria visitá-la. mas só no verão... pois o canadá é frio demais e eu não tenho a menor vontade de virar um picolé.
apesar de ter prometido a visita, eu não tinha a menor ideia do que iria fazer lá. mas, assim mesmo, saímos do recife, eu mais três amigos para matar as saudades e nos aventurar pela região no calor.
cada vez mais acho que são as viagens que você cria menor expectativa, que acabam sendo as mais divertidas. em toronto, alugamos um carro e fomos para waterloo, onde minha amiga está morando. como ela não poderia passear conosco durante o dia, aproveitamos para fazer pequenas road trips pela província de ontário (por que as noites estavam reservadas às farras mais homéricas regadas a cerveja).
fizemos muitas coisas diferentes por lá: visitamos cidades muito charmosas e um parque lindo construído em homenagem a shakespeare; fomos a mercados com verduras e frutas incríveis e várias comidinhas deliciosas; vimos carruagens pretas dos menonitas, uma espécie de povo amish da região, passando ao lado do nosso carro na estrada; conhecemos uma vila com cara de parque temático, toda voltada para o ski, na qual pegamos um bondinho pro topo da montanha para ter uma vista incrível do lago huron; percorremos praias de lago com cara de praia de verdade, praias de lago no meio das montanhas, cachoeiras e trilhas no meio do mato; chegamos de barco pertinho das quedas de niagara falls e tomamos o banho mais divertidos de nossas vidas; e passeamos de bicicleta por entre vinícolas e uma cervejaria para fazer degustação. isso tudo sem incluir toronto (que merecia um post só seu).
a vista nas estradas era um show à parte: campos enormes de canola todos amarelinhos, fazendas de feno, de pinheiro, de vacas e de cavalos, cidadezinhas lindas de interior com casas tão grandes que só vendo para crer e os pores do sol mais incríveis na volta para waterloo.
o que mais me impressionou, entretanto, é que todas as cidades pelas quais passei, sejam elas grandes ou pequenas, estavam decoradas com bandeiras do orgulho gay por estar se aproximando a parada de toronto (ou era uma época do ano de homenagem, talvez). eram bandeiras não só em lojas e casas particulares, mas nas prefeituras e outros prédios públicos. só assim para eu acreditar que estamos mesmo em 2016, como o justin trudeau fez questão de afirmar anteriormente. aliás, nunca vou me perdoar por ter estado em toronto um dia antes da parada e ter perdido o primeiro ministro se jogando no desfile.
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