apesar de ter prometido a visita, eu não tinha a menor ideia do que iria fazer lá. mas, assim mesmo, saímos do recife, eu mais três amigos para matar as saudades e nos aventurar pela região no calor.
cada vez mais acho que são as viagens que você cria menor expectativa, que acabam sendo as mais divertidas. em toronto, alugamos um carro e fomos para waterloo, onde minha amiga está morando. como ela não poderia passear conosco durante o dia, aproveitamos para fazer pequenas road trips pela província de ontário (por que as noites estavam reservadas às farras mais homéricas regadas a cerveja).
fizemos muitas coisas diferentes por lá: visitamos cidades muito charmosas e um parque lindo construído em homenagem a shakespeare; fomos a mercados com verduras e frutas incríveis e várias comidinhas deliciosas; vimos carruagens pretas dos menonitas, uma espécie de povo amish da região, passando ao lado do nosso carro na estrada; conhecemos uma vila com cara de parque temático, toda voltada para o ski, na qual pegamos um bondinho pro topo da montanha para ter uma vista incrível do lago huron; percorremos praias de lago com cara de praia de verdade, praias de lago no meio das montanhas, cachoeiras e trilhas no meio do mato; chegamos de barco pertinho das quedas de niagara falls e tomamos o banho mais divertidos de nossas vidas; e passeamos de bicicleta por entre vinícolas e uma cervejaria para fazer degustação. isso tudo sem incluir toronto (que merecia um post só seu).
a vista nas estradas era um show à parte: campos enormes de canola todos amarelinhos, fazendas de feno, de pinheiro, de vacas e de cavalos, cidadezinhas lindas de interior com casas tão grandes que só vendo para crer e os pores do sol mais incríveis na volta para waterloo.
o que mais me impressionou, entretanto, é que todas as cidades pelas quais passei, sejam elas grandes ou pequenas, estavam decoradas com bandeiras do orgulho gay por estar se aproximando a parada de toronto (ou era uma época do ano de homenagem, talvez). eram bandeiras não só em lojas e casas particulares, mas nas prefeituras e outros prédios públicos. só assim para eu acreditar que estamos mesmo em 2016, como o justin trudeau fez questão de afirmar anteriormente. aliás, nunca vou me perdoar por ter estado em toronto um dia antes da parada e ter perdido o primeiro ministro se jogando no desfile.
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