fiquei meio arrependida de ter escrito um post tão pequeno sobre a itália, enquanto tiveram tantos detalhes que me chamaram atenção. para me redimir comigo mesma, aqui estou eu de novo.
acho que, depois de tóquio, não tinha visitado uma cidade que me causasse tanta estranheza como aconteceu em veneza. e eu, simplesmente, não esperava por isso. fui pega de arrebatamento naquele um dia e meio que passei por lá. principalmente, por ter nascido e crescido na chamada "veneza brasileira" que, depois dessa visita, deu pra ver que forçaram bem a barra ao colocar esse apelido no recifinho.
eu sabia que não passavam carros nas ruas, mas outra coisa é estar lá naquelas ruas estreitas cheias de gente indo e vindo e descobrir que cada micro-ilha da cidade foi construída para ser independente das outras. por isso, veneza é cheia de igrejas, uma pra cada ilhota ou "campo", e cheia de becos, por que eles construíam o máximo que podiam para então construir uma ponte e começar tudo de novo na próxima ilha. e nesses becos, eu me perdi e me encontrei umas mil vezes, por que o gps não funciona e, para piorar, tava a maior neblina. por pouco não caí naquela água suja de tanto andar por caminho errado com a cara enfiada no celular, tentando seguir algum caminho maluco do google maps.
outra coisa que me chamou muita atenção foi imaginar que, dependendo da fase em que a lua estava, aquelas ruas que eu estava andando estariam complemente cobertas de água. por isso, eles sempre deixam a mão umas espécies de palanques que são montados nesses dias alagados para fazer uma espécie de ponte para poder ajudar as pessoas a transitarem nas ruas. ainda bem que não estive lá em um dia de "acqua alta", como eles chamam o fenômeno que até deu nome à livraria, que se considera a mais bonita do mundo (há controvérsias). só espero que nos próximos 300 anos descubram uma maneira de impedir que essa cidade tão linda, que afunda alguns centímetros todo ano, não fique completamente coberta por água.
voltando às minhas experiências na cidade, teve um momento em que eu tentei deixar a tecnologia de lado um pouco e fui seguindo as placas para chegar na ponte de rialto ou na praça de são marcos, mas acabei andando em círculos durante um tempão. queria mesmo era ter mais tempo em veneza para me perder bem muito e sem pressa me achar de novo. por que cada ilhazinha daquela tinha um charme só seu e gostaria muito de explorar as pontas e ver as gôndolas passando pelos canais e, quem sabe, até passear em uma (não deu tempo desta vez). ah... também faltou murano e burano, mas sei que haverá outra oportunidade.
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