há dias eu penso em escrever este post e não sai muita coisa.
a viagem foi ótima... inesquecível, eu diria. mas acho que nem tão cedo toparia embarcar em outro navio desses.
principalmente, por que eu não me sentia livre o suficiente para caminhar pelas cidades em que parávamos. o tempo que ficávamos em terra era curto demais e eu me sentia obrigada a pegar aqueles ônibus de turismo para ter um visão geral do lugar. e, cá para nós, eu não gosto nem um pouco deles. prefiro estudar sobre a cidade com calma e andar doze horas por dia, durante vários dias, até acabar com a sola do pé.
além disso, tinha aquelas breguices que você já espera de um cruzeiro. e também muitos velhos, alguns brasileiros reaças e a grande parte dos jovens eram, na maioria, um bando de italianos inconvenientes. tenho que confessar que apesar de ter amado a itália na minha viagem do ano passado, fiquei com uma impressão péssima por causa dos italianos do navio... muita gente mal-educada e grosseira, que a melhor opção foi ficar longe deles.
mas se eu tou reclamando tanto, por que eu disse que foi uma viagem inesquecível?
por que com meu amigo do lado, acho que me divertiria até na programação mais roubada, quanto mais a bordo de um navio lindo, conhecendo lugares igualmente lindos e com todo o álcool que eu aguentasse consumir. :P
a gente se divertiu demais... principalmente com os funcionários que estavam a bordo. tinha gente de todo canto do mundo por lá, inclusive de lugares que eu nunca imaginava que iria conhecer alguém, como madagascar, congo, mianmar, índia e sérvia. quando a gente chegava nos bares ou restaurantes do navio, sempre tinha alguém que nos chamava pelo nome e vinha nos receber com um sorriso. nunca mais esqueço que "manahoana", é "olá" na língua de madagascar e que nosso amigo congolês gravou um áudio para nós dizendo algo que soava como "brajavum, brajavum", que teoricamente também significa "olá" na língua dele. (e foi mal phyo de mianmar, mas apesar de você ter escrito num papelzinho como era na sua língua, depois de tantos mojitos, eu não sei onde coloquei).
dentre os passageiros, os nossos preferidos foram tereza e miguel, um casal português, na faixa etária dos nossos pais, que encontrávamos toda noite no restaurante do navio. miguel era um jornalista aposentado, que já tinha viajado para acompanhar as eleições em vários países pobres e, se não fossem os brasileiros reaças que sentavam também na nossa mesa, gostaria de ter conversado mais sobre a situação do brasil com ele. já tereza era bem pequeninha e falava pelos cotovelos, com seu cabelo branco sempre muito bem arrumado. eu não me cansava de ouvir as histórias dos seus milhares de empregos diferentes e de seus três netos ("duas raparigas e um pitôco").
nós também fazíamos questão de participar de todas as festas do cruzeiro. toda noite tinha uma. na festa branca, estávamos nós vestidos de branco; na festa italiana, nossas roupas eram da cor da bandeira da itália; na festa dos anos 60, 70 e 80 (meio amplo, né? :P), fizemos o nosso esforço pra não fugir do tema; e na festa de gala, lá estávamos nós com nossas roupas de ir para casamento. e por mais que isso tudo possa soar brega (e é... bastante!), a gente aproveitou da melhor maneira, rindo, dançando, puxando papo com as pessoas e provando os milhões de drinks diferentes (claro!).
para curar a ressaca, praticamente viramos sopa depois de tantas horas de molho na jacuzzi super quente do navio. outra opção era ver as festas na beira da piscina, jogados nas espreguiçadeiras e rir dos "gringos" tentando fazer passinhos ao som de funk carioca.
na hora de desembarcar, bateu uma tristezinha por deixar aquilo tudo pra trás. nem tava mais reclamando (tanto) dos italianos e já estava com saudade ficar olhando aquele marzão enquanto tomava café, de ver a luz da lua refletida naquelas águas durante à noite e de, praticamente todo dia, acordar numa cidade diferente. se não fosse por essa viagem, não teria conhecido malta agora (não estava na minha lista de prioridades) e gostei tanto da capital valetta, que já me vejo pensando em voltar para ter mais tempo para bater perna por lá.
tomamos um aperol spritz de despedida e deixamos o navio para o último dia de viagem em barcelona. e, pensando bem, talvez eu encare um outro cruzeiro, quem sabe, né? principalmente, se for um do weezer. ;)
nós também fazíamos questão de participar de todas as festas do cruzeiro. toda noite tinha uma. na festa branca, estávamos nós vestidos de branco; na festa italiana, nossas roupas eram da cor da bandeira da itália; na festa dos anos 60, 70 e 80 (meio amplo, né? :P), fizemos o nosso esforço pra não fugir do tema; e na festa de gala, lá estávamos nós com nossas roupas de ir para casamento. e por mais que isso tudo possa soar brega (e é... bastante!), a gente aproveitou da melhor maneira, rindo, dançando, puxando papo com as pessoas e provando os milhões de drinks diferentes (claro!).
para curar a ressaca, praticamente viramos sopa depois de tantas horas de molho na jacuzzi super quente do navio. outra opção era ver as festas na beira da piscina, jogados nas espreguiçadeiras e rir dos "gringos" tentando fazer passinhos ao som de funk carioca.
na hora de desembarcar, bateu uma tristezinha por deixar aquilo tudo pra trás. nem tava mais reclamando (tanto) dos italianos e já estava com saudade ficar olhando aquele marzão enquanto tomava café, de ver a luz da lua refletida naquelas águas durante à noite e de, praticamente todo dia, acordar numa cidade diferente. se não fosse por essa viagem, não teria conhecido malta agora (não estava na minha lista de prioridades) e gostei tanto da capital valetta, que já me vejo pensando em voltar para ter mais tempo para bater perna por lá.
tomamos um aperol spritz de despedida e deixamos o navio para o último dia de viagem em barcelona. e, pensando bem, talvez eu encare um outro cruzeiro, quem sabe, né? principalmente, se for um do weezer. ;)